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Divórcio na Bíblia: Perspectivas Bíblicas

Você já parou para pensar se o divórcio na Bíblia é realmente uma condenação absoluta ou se existem nuances importantes a serem consideradas? O tema do divórcio, segundo a Bíblia, é um assunto complexo que provoca reflexões profundas e interpretações variadas. Desde as leis de Moisés, que permitiam um caminho de separação em certos contextos, até os ensinamentos de Jesus, que ressaltam a indissolubilidade do casamento, muitos aspectos influenciam o entendimento do divórcio nas diversas denominações cristãs.

Este artigo busca explorar as diferentes perspectivas bíblicas sobre o divórcio, analisando tanto as origens históricas e culturais quanto as práticas contemporâneas. Vamos juntos descobrir como cada passagem sagrada nos ajuda a compreender as implicações do divórcio na vida dos cristãos e na visão geral da união matrimonial.

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Principais Pontos

  • O divórcio na Bíblia é um tema que abrange diferentes contextos e interpretações.
  • A Lei Mosaica traz permissões específicas e restrições relacionadas ao divórcio.
  • Jesus enfatiza a importância da união matrimonial, desautorizando separações por motivos triviais.
  • As cartas de Paulo trazem orientações para casais cristãos sobre separação e reconciliação.
  • A visão católica e protestante sobre o divórcio apresenta pontos de divergência significativos.
  • Estatísticas recentes indicam um aumento expressivo nas taxas de divórcio, refletindo questões sociais e emocionais contemporâneas.

Introdução ao tema do divórcio na Bíblia

O divórcio é um tema que gera debates profundos no contexto cristão. A Bíblia serve como um guia para compreender as complexidades do divórcio na Bíblia e seus desdobramentos no divórcio no cristianismo. Vários versículos abordam o assunto, refletindo a seriedade desse tema nas Escrituras Sagradas. Você pode se perguntar: quais são as permissões e restrições em relação ao divórcio? Como a aliança de um casal é vista à luz das Escrituras?

As questões sobre divórcio não são apenas preocupações pessoais, mas também refletem a saúde das famílias e da sociedade. Em muitos casos, as relações conjugais se desestruturam, levando ao aumento das taxas de divórcio. Em 2011, o Brasil registrou o maior índice de divórcios desde 1984, com 351.153 ocorrências, evidenciando que tanto cristãos quanto não cristãos enfrentam desafios semelhantes.

Circula entre os estudiosos a noção de que existem diferentes interpretações sobre o casamento, abordando-o como um sacramento, um contrato ou uma aliança. A monogamia é enfatizada nas Escrituras, reforçando a visão de que Deus criou um homem e uma mulher para formarem um casal. Assim, a perspectiva bíblica propõe que o casamento deve ser perpétuo e indissolúvel.

Entender os fundamentos bíblicos do divórcio é essencial para abordar esta questão com discernimento. É possível encontrar orientações que abordam desde a imoralidade sexual como justificativa para o divórcio até a importância da fidelidade nas relações. O tópico não é apenas religioso, mas envolve a vida prática de muitos, tornando-o um ponto vital de discussão.

O divórcio apresenta complexidades que necessitam ser exploradas de forma cuidadosa e respeitosa. Portanto, vamos nos aprofundar nas nuances desse tema à medida que avançamos no artigo.

O divórcio na Lei Mosaica

A Lei Mosaica apresenta um conjunto de normas que influenciada as práticas sociais e religiosas da época. O divórcio na bíblia, conforme descrito em Deuteronômio 24.1-4, permitia que os homens pedissem o divórcio em situações específicas, refletindo um contexto histórico e cultural patriarcal. Essa realidade configurava um ambiente onde os direitos das mulheres eram limitados, colocando-as em uma posição vulnerável em relação ao poder masculino.

Contexto histórico e cultural

As disposições legais acerca do divórcio segundo a bíblia surgem em um período onde as normas sociais favoreciam os homens. As mulheres, frequentemente, eram vistas como propriedade e sua situação de vida dependia diretamente do casamento. O divórcio não era apenas uma resposta a conflitos conjugais, mas muitas vezes um instrumento de controle, ao permitir que os maridos se livrassem de suas esposas sem considerar as implicações emocionais e sociais para elas.

Permissões e restrições da Lei

O ato de se divorciar, segundo a Lei, exigia a entrega de uma carta de divórcio, o que formalizava o processo. Entretanto, a interpretação dessa lei variava entre os homens, levando a uma banalização do casamento. Para muitos, o vínculo matrimonial não era considerado sagrado, refletindo uma visão distorcida e desequilibrada das relações. Restrições eram impostas, como a proibição de reaquisição da esposa após um novo casamento dela, demonstrando como a Lei Mosaica continha elementos que eram, ao mesmo tempo, protetores e punitivos em relação às mulheres.

Aspectos da Lei Mosaica Permissões Restrições
Divórcio Homens podiam solicitar o divórcio mediante certas condições. Proibição de retornos ao primeiro parceiro após novo casamento.
Direitos das mulheres Rara proteção através de medidas legais. Normalmente dependiam do marido para proteção e sustento.
Casamento Considerado um vínculo sagrado. Banalização do casamento pela falta de compromisso.

Divórcio em Malaquias

A mensagem de Malaquias destaca a importância e a seriedade do divórcio à luz da fé. Neste contexto, Deus expressa seu descontentamento sobre a prática, enfatizando que o divórcio é visto como um ato de infidelidade. Este entendimento nos leva a refletir sobre o que realmente significa o divórcio e sua relação com a religião.

O que Deus diz sobre o divórcio

Em Malaquias 2:16, fica claro que Deus se opõe ao divórcio, considerando-o uma ofensa à união sagrada estabelecida entre marido e mulher. A citação é direta: “Eu odeio o divórcio; eu odeio o homem que faz uma coisa tão cruel assim.” Essa declaração revela não apenas a repulsa de Deus por esse ato, mas também as implicações espirituais que o divórcio traz consigo. A relação entre divórcio e religião se torna evidente quando se considera que o casamento é um pacto, não um mero contrato. A união deve ser preservada, e qualquer quebra desse vínculo tem repercussões significativas.

Consequências do divórcio nas relações

As consequências do divórcio vão muito além da separação física. Ele cria um legado de dor e desconfiança, afetando não só os cônjuges, mas também filhos e familiares. A infidelidade, amplamente condenada nas escrituras, ressoa como um eco de desrespeito e desvalorização dos votos matrimoniais. A relação sagrada entre homem e mulher, idealizada na Bíblia, é distorcida pelo divórcio, desafiando a intenção original de Deus para os casais em Gênesis 2:24. Quando um casal se compromete diante de Deus, essa aliança deve ser vista com seriedade. Em essência, o divórcio traz consequências devastadoras que vão contra a vontade divina e geram uma espiral de feridas emocionais. Confira a tabela a seguir que resume as visões bíblicas sobre o divórcio.

Referência Bíblica Mensagem Principal
Malaquias 2:16 Deus odeia o divórcio e o abandono do pacto matrimonial.
Mateus 19:4-6 O casamento é um pacto indissolúvel aos olhos de Deus.
1 Pedro 3:7 A forma como um marido trata sua esposa influencia sua vida espiritual.
Hebreus 9:15 Relaciona casamento à aliança de Deus com Seu povo.

A visão de Jesus sobre o divórcio

Os ensinamentos de Jesus sobre o divórcio no Novo Testamento refletem uma abordagem profunda e moral ao tema. Ele critica as interpretações superficiais da Lei Mosaica, que permitia o divórcio. Jesus afirma que essa permissão foi dada por causa da dureza dos corações humanos.

O primeiro registro em Mateus

No Evangelho de Mateus, Jesus deixa claro que divorciar-se e casar novamente, exceto em casos de imoralidade sexual, é considerado adultério. Essa mensagem impactou tanto seus seguidores que seus discípulos chegaram a questionar a possibilidade de não se casar, considerando a gravidade de suas palavras.

Relação entre divórcio e adultério

Jesus não ignora as dificuldades que os homens enfrentam. Ele menciona que alguns não se casam devido a diferentes razões, incluindo condições físicas. O ensinamento de que a entrada de um rico no Reino dos Céus é tão difícil quanto um camelo passando pelo fundo de uma agulha ressalta a complexidade das questões de vida e valores que também se aplica ao divórcio segundo a bíblia.

Jesus enfatiza que para muitos aspectos da vida, o que é impossível para os seres humanos, é possível para Deus. Em meio a essas dificuldades, Ele promete recompensas para aqueles que abandonam tudo por Ele, incluindo laços familiares e posses. Isso ilustra uma perspectiva que vai além das normas sociais, levando em consideração a vida eterna e o relacionamento com Deus.

Divórcio no Novo Testamento

No Novo Testamento, a questão do divórcio é examinada sob a luz dos ensinamentos de Jesus e das orientações dos apóstolos. Estes abordam o tema enfatizando a importância da permanência na união matrimonial e as circunstâncias específicas que podem justificar a separação. A perspectiva dos apóstolos, alicerçada nas palavras de Cristo, reflete uma visão que equilibra a necessidade de amar e respeitar uns aos outros, mesmo diante de dificuldades.

Perspectivas dos apóstolos sobre o divórcio

As cartas dos apóstolos reiteram que o divórcio é permitido sob certas condições, como em Mateus 5:32 e 19:9, onde a única causa aceitável é “a não ser por causa de infidelidade”. A infidelidade, em seu sentido amplo, engloba várias formas de imoralidade sexual, incluindo adultério e fornicação. Alguns estudiosos argumentam que a interpretação de Mateus 19:9 se refere ao direito da parte inocente de se remaridar após a traição do cônjuge.

Em 1 Coríntios 7:15, encontramos outra exceção, que se aplica quando um cônjuge incrédulo decide se divorciar do parceiro crente. O Novo Testamento, ainda que não mencione diretamente a permissão para um novo casamento após o divórcio, sugere que aqueles que permaneceram fiéis têm este direito.

É importante notar que, para muitos, o divórcio cristão pode se estender a casos de abuso, mesmo que esses não estejam explicitamente abordados na Bíblia. Além disso, muitos acreditam que, independentemente da infidelidade, a graça pode oferecer um caminho para a reconciliação e o perdão, permitindo que casais trabalhem na restauração de seu relacionamento.

No entanto, a ênfase bíblica continua sendo o compromisso vitalício do matrimônio e a busca por amor e respeito mútuos para alcançar a unidade. As Escrituras convidam a comunidade a apoiar aqueles que enfrentam a separação, promovendo a reconciliação e a cura em vez da condenação.

Divórcio e religião

O divórcio e religião são questões profundamente interligadas, não apenas na teoria, mas também na prática. Muitas comunidades religiosas enfrentam desafios ao lidar com casos de divórcio entre seus membros. As diversas interpretações da Bíblia influenciam as doutrinas e posturas das denominações sobre o tema.

Na tradição evangélica, a maioria dos teólogos aceita uma cláusula de exceção para o divórcio, que se baseia na imoralidade sexual. O evangelho de Mateus é o único que menciona esta exceção, enquanto Marcos e Lucas não fazem tal referência. Esse aspecto histórico demonstra que, na época de Jesus, o divórcio era amplamente aceito e praticado, o que levava a debates teológicos significativos.

A interpretação do termo “coisa indecente”, presente em Deuteronômio 24:1, também gerou divergências. As escolas do rabino Shammai e Hillel apresentavam visões contrastantes, refletindo a complexidade do assunto. A palavra grega “porneia”, que se refere a práticas sexuais ilícitas, abrange adultério e fornicação, tendo um papel central nas discussões sobre divórcio e religião.

Além das práticas imorais, o apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 7:15, trouxe uma menor permissão para o divórcio, que abrange o abandono pelo cônjuge descrente. As opiniões nas igrejas sobre o novo casamento para um crente divorciado variam amplamente. Algumas denominações adotam uma postura de proibição absoluta, enquanto outras permitem a nova união para a parte inocente ou para ambas as partes envolvidas.

Atualmente, questões como incompatibilidade, crises financeiras e problemas de comunicação não são aceitas como razões bíblicas válidas para o divórcio. A visão contemporânea sugere que agressões físicas ou abuso devem ser abordados com ajuda profissional antes de considerar o divórcio, reconhecendo a seriedade do tema em contextos de divórcio e religião.

divórcio e religião

Motivos para Divórcio Base Bíblica Comentários
Imoralidade Sexual Mateus 5:32; 19:9 É o motivo mais amplamente reconhecido para o divórcio.
Abandono por Cônjuge Descrente 1 Coríntios 7:15 Permite a separação em contextos de fé divergente.
Agressão Física Não especificado Deve ser tratada com cuidado e a ajuda de profissionais.
Incompatibilidade Não aceito Não é considerado um motivo bíblico válido.

Divórcio permitido na Bíblia

A Bíblia aborda o divórcio de forma cuidadosa, permitindo-o sob certas circunstâncias. O conceito de divórcio permitido na bíblia é baseado em dois fundamentos principais: a imoralidade sexual e o abandono por parte de um cônjuge não crente. Essas exceções revelam a importância do compromisso e da fidelidade nas relações matrimoniais.

Exceções e considerações

A imoralidade sexual, conforme mencionada em passagens como Mateus 5:31-32 e Mateus 19:9, é uma das razões mais discutidas. Nesses versículos, a posição de Jesus é mais rigorosa do que a entendida na tradição judaica, enfatizando a seriedade da traição no casamento. Por outro lado, 1 Coríntios 7:15 apresenta a possibilidade de divórcio quando um cônjuge não crente decide abandonar o relacionamento. Tal situação era relativamente comum na época da conversão ao cristianismo.

É importante ressaltar que, embora essas permissões estejam presentes nas Escrituras, muitos teólogos defendem que o divórcio deve ser considerado como um último recurso. A ênfase na reconciliação e no perdão deve prevalecer antes de qualquer decisão. A possibilidade de um novo casamento após o divórcio não é claramente definida, resultando em diferentes interpretações dentro da comunidade cristã.

Razão para o Divórcio Referência Bíblica Considerações
Imoralidade Sexual Mateus 5:32, Mateus 19:9 Considerada como um motivo legítimo, com ênfase na seriedade da situação.
Abandono por cônjuge não crente 1 Coríntios 7:15 Destaca a situação comum de abandono após a conversão ao cristianismo.
Outras razões Nenhuma específica Motivos como abuso físico ou emocional não são explicitamente mencionados, mas podem ser considerados em contextos de dor e sofrimento.

Divórcio cristão: O que a comunidade diz?

A diversidade de opiniões sobre o divórcio cristão está presente em muitas comunidades ao redor do mundo. Cada denominação interpreta as escrituras de maneira distinta, refletindo em posturas variadas em relação ao divórcio no cristianismo. Esse debate interno é essencial para a formação de uma compreensão coletiva sobre o tema, impactando a prática da fé e as decisões referentes aos relacionamentos e ao casamento.

A diversidade de opiniões dentro do cristianismo

No Brasil, aproximadamente 30% dos casais em Campinas se divorciam antes do primeiro ano de união. Essa porcentagem elevada indica uma tensão entre a expectativa de um casamento duradouro e a realidade vivenciada por muitos. Muitos cristãos consideram a possibilidade do divórcio como uma solução para conflitos; cerca de 20% chegam a pensar nessa alternativa. As opiniões variam, com alguns defendendo o divórcio, enquanto outros propõem soluções diferentes, como aconselhamento ou separação temporária.

Na época do apóstolo Paulo, a cidade de Corinto apresentava situações complicadas: algumas pessoas passaram por até vinte casamentos diferentes. Na sociedade local, existiam quatro formas distintas de casamento, refletindo uma complexidade na compreensão do compromisso conjugal. O apóstolo Paulo, em suas cartas, enfatiza que a esposa não deve se separar do marido, embora reconheça exceções em casos de infidelidade, reforçando a ideia de que a união é sagrada e deve ser mantida sempre que possível.

Debates como os entre as escolas rabínicas de Shamai e Hillel ainda ressoam, demonstrando que a discussão sobre o divórcio tem profundas raízes. As posições vão desde a proibição total do novo casamento após a separação até a aceitação em circunstâncias específicas, como adultério ou abusos. Este cenário revela a necessidade de uma interpretação cuidadosa das escrituras. Textos como 1 Coríntios 7:10-11 apresentam diretrizes que foram analisadas ao longo dos anos por diversos estudiosos cristãos, levando a um entendimento amplo e, por vezes, contraditório sobre o divórcio e suas implicações.

Com a crescente secularização e a fragmentação moral da sociedade, as igrejas têm observado um aumento nos divórcios, refletindo uma tendência social. A dificuldade em manter a fidelidade e a lealdade no casamento impacta a instituição matrimonial, levando muitos a buscar inspiração e esperança na redenção em Cristo, que promete restaurar alianças, inclusive as do casamento.

Divórcio na visão bíblica

A compreensão do divórcio na visão bíblica abrange uma série de ensinamentos que enfatizam a sagrado natureza do casamento. Para as Escrituras, o matrimônio é um pacto, um compromisso que deve ser mantido a todo custo. O divórcio, portanto, é percebido como um fracasso em cumprir essa aliança tão importante.

No contexto de práticas judaicas, o divórcio era permitido sob certas circunstâncias, com a figura do homem tendo um papel predominante. Por exemplo, a Lei mosaica estabelecia que um motivo justificável era necessário para a separação, embora com o tempo muitas das razões tornassem-se superficiais. A injustiça e a violência trazidas por essa banalização do divórcio, segundo Malaquias, merecem destaque, especialmente ao se considerar o sofrimento das mulheres nesse processo.

Em momentos de desilusão, as Escrituras não deixam de mencionar a importância do perdão e do diálogo. Os ensinamentos de Jesus enfatizam que a única situação válida para a anulação do casamento é a infidelidade (Mateus 5:32). Assim, a ideia de reconciliação é central. Por exemplo, em Romanos 7:2 menciona-se que um novo matrimônio é permitido somente após a morte de um cônjuge, reforçando a ideia de que o compromisso deve ser duradouro.

A visão bíblica do divórcio ressalta que após a separação, em situações variadas além da infidelidade, as partes devem permanecer não casadas conforme 1 Coríntios 7:10-11. Além disso, estar casado com um não-crente não é, de maneira alguma, uma justificativa para o divórcio, segundo as instruções de Paulo.

Divórcio e casamento na Bíblia

O conceito de divórcio e casamento na Bíblia apresenta diferenças marcantes que influenciam a vida dos fiéis. Enquanto o casamento é visto como uma instituição abençoada por Deus, o divórcio é frequentemente associado ao pecado e à desobediência às diretrizes divinas. Esclarecer esses contrastes é fundamental para entender as implicações espirituais de cada uma dessas situações.

Diferenças entre os contextos do casamento e do divórcio

A Bíblia destaca várias passagens que evidenciam as diferenças significativas entre divórcio e casamento. O casamento é frequentemente exaltado, enquanto o divórcio é tratado de forma mais severa. Em Mateus 19:9, é explicitamente mencionado que divorciar-se de um cônjuge, exceto por imoralidade sexual, é uma causa de adultério. Nesse sentido, a decisão de se divorciar pode ter consequências espirituais que vão além da relação pessoal.

  • Divórcio e adultério: Jesus ensina que aqueles que se divorciam e se casam novamente cometem adultério, reforçando a seriedade da questão.
  • Instruções para casais: Em 1 Coríntios 7:10-11, a orientação é clara: os casais não devem se separar, e se tal acontecimento ocorrer, a reconciliação é a única solução aceitável.
  • Consequências do divórcio: O divórcio sem razões legítimas não apenas desagrada a Deus, mas também pode causar dores profundas entre os cônjuges.

divórcio e casamento na bíblia

A posição bíblica sobre divórcio e casamento na bíblia destaca a importância de seguir as instruções divinas, não apenas por razões morais, mas também para preservar a harmonia nas relações. Esse entendimento profundo oferece uma melhor perspectiva sobre os desafios enfrentados por muitos, sublinhando a necessidade de considerar cada decisão à luz das escrituras sagradas.

As implicações do divórcio na vida cristã

O divórcio na bíblia traz à tona diversas implicações que vão muito além da separação física entre cônjuges. Você sabia que a prevalência do divórcio entre pessoas chamadas por Deus é alarmante? Isso provoca uma reflexão profunda sobre os padrões que Deus estabeleceu para o casamento. Em Marcos 10:6-9, fica claro que a vontade básica de Deus é que o casamento perdure por toda a vida. Esse princípio é frequentemente desafiado nas realidades modernas.

No contexto das Escrituras, Deus já proíbe o divórcio em 1 Coríntios 7:10-11, mas também reconhece as nuances da condição humana. Jesus, em Lucas 16:18, condena tanto o divórcio quanto um novo casamento, acentuando a seriedade desse ato e suas consequências espirituais. As condições permitidas para o divórcio, como a imoralidade sexual, são uma exceção, conforme registrado em Mateus 5:32 e 19:9.

Além disso, há situações específicas em que o divórcio é considerado, como a separação por consentimento mútuo, enfatizada em 1 Coríntios 7:5-6, onde a oração toma precedence. Muitos cristãos ignoram a profundidade das implicações emocionais e sociais que o divórcio pode acarretar.

Ademais, a maneira como as razões para o divórcio têm se tornado banais, deturpa os valores religiosos e morais associados ao casamento. A sociedade atual frequentemente banaliza o divórcio, enquanto a bíblia nos convida a entender melhor suas consequências. Você pode perceber que a leitura e interpretação do divórcio na Bíblia não apenas requerem uma análise atenta, mas também um suporte espiritual que ajude a lidar com as cicatrizes que a separação pode deixar.

Conclusão

O divórcio na Bíblia é um tema que suscita profundas reflexões e debates dentro da comunidade cristã. As interpretações sobre as Escrituras revelam a complexidade do assunto, onde as permissões e os princípios morais se encontram em um delicado equilíbrio. A visão de Jesus e os discursos dos apóstolos reforçam a ideia de que o matrimônio deve ser tratado com seriedade, enfatizando a indissolubilidade do laço matrimonial. Esse entendimento é essencial, especialmente para aqueles que se deparam com a dor do divórcio cristão.

Além das abordagens mais tradicionais contidas na Lei Mosaica e nos ensinamentos do Novo Testamento, a vida moderna apresenta novos desafios para a união conjugal. Abusos, vícios e desintegração de valores são questões frequentemente debatidas e que podem levar ao divórcio, embora não sejam sempre diretamente abordadas nas Escrituras. A busca por discernimento e clareza é fundamental para aqueles que enfrentam essa difícil decisão, pois é preciso considerar aspectos espirituais, emocionais e práticos antes de tomar um passo tão decisivo.

Finalmente, a consulta a líderes espirituais e a reflexão pessoal são passos importantes na jornada pós-divórcio. O caminho a seguir deve ser marcado pela fé e pela compreensão dos ensinamentos bíblicos, possibilitando que você encontre apoio e sabedoria nas lições atemporais da Bíblia. O divórcio na Bíblia, portanto, não é apenas uma questão de permissões, mas um convite à introspecção e à construção de relacionamentos mais saudáveis e significativos no futuro.

FAQ

O que a Bíblia diz sobre o divórcio?

A Bíblia aborda o divórcio como uma exceção, com ênfase na fidelidade e na seriedade do casamento. Jesus destaca que a infidelidade é a única justificativa aceita para a dissolução do vínculo matrimonial.

Quais são as permissões para o divórcio na Bíblia?

A Bíblia menciona exceções, principalmente em casos de infidelidade. No entanto, essa permissão deve ser analisada com cuidado e em busca de reconciliação sempre que possível.

Como o divórcio é visto no Novo Testamento?

No Novo Testamento, Jesus e os apóstolos reafirmam a importância do casamento como um pacto sagrado e abordam o divórcio como uma prática que deve ser evitada, ressaltando a necessidade de reconciliação.

Quais são as consequências do divórcio segundo a Bíblia?

O divórcio não apenas impacta as relações pessoais, mas também tem repercussões espirituais. A traição e a infidelidade criam um legado de dor e desconfiança, conforme mencionado em Malaquias.

O que Malaquias diz sobre o divórcio?

Malaquias expressa que Deus odeia o divórcio, referindo-se a ele como um ato de infidelidade e alertando sobre a responsabilidade dos homens para com suas esposas e a santidade do matrimônio.

Como as diferentes denominações cristãs enxergam o divórcio?

As opiniões sobre o divórcio variam entre denominações. Algumas abordam o tema com permissividade, enquanto outras adotam uma postura mais rígida, refletindo a diversidade de interpretações dentro da comunidade cristã.

Como buscar apoio após o divórcio na visão cristã?

É essencial buscar apoio psicológico e espiritual, conversando com líderes espirituais e participando de grupos de aconselhamento para encontrar cura e novas perspectivas após o divórcio.

Links de Fontes

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